terça-feira, 31 de março de 2015

Entrevista com Rafael Magalhães, atacante e dirigente do Mandela F.C

Rafael com David Luiz na Cidade do Sol
Rafael Coelho, centroavante e dirigente do Mandela F.C concedeu uma entrevista ao Blog do Campeonato Barbosa. O time do bairro Cidade do Sol (Juiz de Fora), que tem como ilustre amigo David Luiz, Zagueiro do PSG e da Seleção Brasileira. Mandela F.C estréia no dia 09 de Maio em Realengo, abrindo o Campeonato contra o Soviet F.C e depois na parte da tarde enfrentando o Pelada de Esquerda. Confira toda entrevista.

Qual perspectiva do Mandela FC para o Campeonato Barbosa?

Rafael: A perspectiva é avançar as finais,chegando o mais longe possível.É difícil estipular um objetivo real não conhecendo as outras equipes tanto.Mas com o que temos e conhecemos um do outro podemos ir longe.

Como surgiu o time?
Origem do time no Futsal

Rafael: Time surgiu de amigos da mesma rua, jogando futsal. Surgiu em 2001 contra uma escolinha particular de futsal local(desde time do primeiro jogo permanece somente eu e Fabrício), no futsal jogávamos eventualmente até 2006. A partir de 2006 começamos a jogar com maior frequência, um time formado somente por amigos e da mesma rua(Guimarães Rosa - Bairro Cidade do Sol). Em 2012 disputamos 1 torneio(vice-campeão), 2 torneios em 2013 (oitavas e campeão). Em 2012 fizemos uma junção para jogar futebol de campo,a junção partiu de uma equipe rival-amiga para jogar um jogo em Alto Rio Doce-MG. Estreamos com um empate de 3 a 3 contra um time local. Quando retornamos a Juiz de Fora, passamos a jogar todos os sábado em campos da Zona Norte de Juiz de Fora. Onde ainda jogamos semanalmente. Hoje o time é mais mesclado, com caras novas, amigos de outras ruas e bairros.

Recentemente mudou o nome? Qual o motivo?

Rafael: O time quando surgiu e foi nomeado não tínhamos a consciência do significado do nome "Al-Qaeda" (nome anterior), eramos adolescentes com cabeças diferente de hoje. Com o amadurecimento e o entendimento da politica internacional resolvemos mudar. Tínhamos consciência que o nome não condizia e representa com os ideais do time. Resolvemos homenagear um homem teve importante papel na luta contra o racismo na Africa do Sul.


Como esta a organização do time para chegar em Realengo?

Rafael: Vamos ter que fazer uma logística bem trabalhada. Sairemos na madruga de sábado(09/05) para evitar atrasos ,conhecer o local e se adaptar ao ambiente. Pretendemos chegar a Realengo bem antes dos horários dos jogos e viajar sem nenhum imprevisto,evitando um maior desgaste que a viagem já proporciona a equipe.

Conhecem Realengo? Como vão fazer para lidar com calor do bairro, um dos mais quentes do Rio de Janeiro?

Rafael: Realengo não é conhecido pelo time, porém conhecemos a fama do seu clima. Acompanhamos como tem sido a temperatura em que estão sendo os jogos(amistosos) lá,jogamos em temperatura bem elevada sempre, nos horários de 12:00/11:00. Acredito que por ser inicio de maio, entrada do inverno a temperatura esteja mais amena.

Mandela F.C
Qual média de idade?

Rafael: Maioria esta na mesma faixa de idade, são amigos entre 21 e 22 anos.

Quais foram os últimos resultados do time?

Rafael: O time vem se preparando para o campeonato e fazendo variações tanto na escalação,quanto no esquema tático em busca de achar o time ideal.
O time vem de dois empates em 1 a 1 (empatamos nos últimos minutos) e 2 a 2 (sofremos gols no últimos minutos).

Em quem podemos ficar de olho? Qual jogador do Mandela FC pode fazer a diferença?


Rafael: Acredito que por ter entrado a pouco no time e ter dado uma cara nova ao time. Aposto muito no Jô, um jogador raçudo,versátil e bem rápido. Acredito que pode surpreender.

domingo, 29 de março de 2015

Primeiro Amistoso Preparatório para o Campeonato Une Equipe Experiente com Estreante

A experiência do Soviet ajudou o time a construir vitória tranquila

No sábado 27 de março aconteceu o primeiro jogo-teste para o I Campeonato Barbosa Vive, na sede da competição, no campo do Realengo FC, no bairro do mesmo nome, no Rio de Janeiro.

De um lado a experiência do Soviet, que há três anos joga junto e recentemente, em fevereiro, faturou a I Copa Rio Alternativa, na UFRJ. Enfrentando os vermelhos estavam os estreantes do Boêmios da Vila em sua primeira partida em um campo de tamanho oficial, com 11 na linha. A única experiência anterior da equipe havia sido um amistoso contra o Pelada de Esquerda (que também participará do Barbosa Vive), em um campo de society, com apenas seis na linha, quando os Boêmio venceram por 7x4 (veja post anterior).

A vitória na primeira partida e a presença maior de atletas (16 dos Boêmios, contra 12 do Soviet) animaram a equipe de Vila Isabel que entrou confiante no gramado, fazendo um jogo duro com os bolcheviques no começo, apostando na velocidade do atacante Paulo.

Os Boêmio sofreram com o desentrosamento e o filtro do Instagram nessa foto

Porém, aos poucos, o Soviet fez seu entrosamento valer e começou a ditar o ritmo do jogo. O meio-campo fortíssimo dos vermelhos (Tomas, Fernando, Conrado e Gerson) passou a municiar Felipe e Jonas na frente, envolvendo a zaga boemia.

O primeiro gol saiu no fim do primeiro tempo e levou o 1X0 a favor do Soviet para o intervalo.

No segundo tempo, o time vermelho começou a lançar bolas para Felipe e Jonas nas pontas que, se aproveitando dos buracos deixados nas laterais pela defesa azul e amarela, criaram vários lances de perigo. Com o Boêmios cada vez mais bagunçado o Soviet não precisou se esforçar muito para contruir a goleada, que terminou em 5x0.

Destaques no Soviet para o lindo gol do Jonas, tocando por cobertura na saída do goleiro Cortês e as atuações incansáveis, unindo talento e força, do Conrado e do Gerson.

Os Boêmios da Vila têm no rápido Paulo sua principal peça, Luís Carlos "Monstro" demonstrou a segurança e classe habituais na zaga, com direito a investidas pelo ataque no segundo tempo.





quarta-feira, 25 de março de 2015

O primeiro jogo contra a gente nunca esquece.

Cheguei cedo pro horário e aquele nervosismo já se avizinhava.

Tinha anos que não jogava um jogo contra. Digo jogo contra a vera, daqueles que tem expectativa, casa cheia, etc.

Desde os tempos do intercolegial não tinha tal oportunidade.

Não meus caros, não falo de rachão não. Falo da coisa pensada, com os amigos, posições marcadas, etc.

O bom e velho esporte bretão levado a sério.

Viajei para os meus 13 anos quando montamos um time imbatível ali na Alvaro Ramos. Pelo menos a gente pensava que era até os primeiros confrontos e as primeiras derrotas ali no forte da Urca.

Mais velho um pouco participei de outros jogos contra na Mangueira, no Forte do Leme e até mesmo num campo pros lados de Marechal Hermes.

Depois troquei o futebol pelo basquete, estive pelo fluminense mas sempre querendo jogar bola.

Voltei a cancha ali no Andaraí. Era cedo ainda.

Cheguei na ASBAC e por lá já estavam preguiçosamente colocando as chuteiras Fernando e Francisco.

Sentei por ali um pouco e depois fui olhar o campo onde uns pequenos disputavam uma partida engraçada. Daquelas que a molecada corre toda em direção ao campo e os espaço ficavam vazios.

Toda vez que vejo essa cena lembro de uma história do R10.

Uma vez um treinador vendo-o jogar, ainda com 7 ou 8 anos, notou que ele era o único garoto que não corria em direção da bola. Ficava ali, guardando posição e buscando o espaço vazio.

Craque é assim. Já nasce sabendo.

Voltei pra juntos dos parceiros e a maioria já tinha chegado.

Inclusive alguns do Pelada de Esquerda, time adversário.

Nós os Boêmios da Vila, estávamos ansiosos pelo confronto.

Eu já tinha enfrentado o pelada num “jogo” em um “campo” na UFRJ. Pelo Havana.

As aspas são porque o campo não era campo e o time foi formado 5 minutos antes da partida. Por isso, particularmente, como emoção não vale. Não guardo na memória.

Não pelo vareio que tomamos, com gols bonitos, sem querer, de ombro e bizarros.

Mas pelo time não ser um grupo e sim um bando correndo de um lado pro outro. Como na pelada dos menores que descrevi acima.

Vi certa vez até um Flamengo profissional assim, treinado por Whashington Rodrigues, puxado...

Não tínhamos camisa e o manto preto improvisado seria a solução. Expectativa e soube que iria começar jogando.

Pena que não era de onze, mas deu pro gasto.

O que vimos foi um jogo bom, equipes disputando, partida na bola, enfim, como disse lá em cima: o bom e velho esporte bretão levado a sério.

E agradeço aos “adversários” Bruno G; Nadkarni; Fausto; Raphael Martins; Pedrinho; Thiago França; Sandro; Estanislau; Cadu; Gabriel; Filipe "Índio" e aos companheiros de equipe, Manga, Paulo, Claudio, Donato, Carlão, Fabio, Jonas, Fernando, Francisco...

Sim, teve quem ganhou e teve quem perdeu.

Sem parecer romântico em épocas tão duras, no fundo não importou.

O que importa mesmo é que Barbosa ficaria orgulhoso do que viu e do que verá nos próximos meses.

Paz pra todos.


Marton Olympio